terça-feira, 28 de setembro de 2010

Cervejaria Leopoldo Haertel / Cervejaria Sul-Riograndense / Sul Brasil Ltda.





Em 1889 é fundada pelo capitão Leopoldo Haertel, um imigrante alemão da região de São Leopoldo, Vale dos Sinos, a Cervejaria Sul-Riograndense Fábrica de cerveja, gelo e águas gasosas (os refrigerantes da época), popularmente conhecida como Cervejaria Haertel e uma das precursoras da Cervejaria Continental.

O investimento chega a 600 mil réis, obtidos mediante empréstimo junto aos proprietários de outra cervejaria em atividade no Município, a Ritter.

O primeiro endereço da Cervejaria Sul-Riograndense é na Rua Conde de Porto Alegre, 44, na zona do porto em Pelotas - RS, no mesmo terreno em que o conjunto de prédios construídos em diferentes épocas está instalado.





É desta época uma das mais antigas bolachas de chopp conhecida.



Entre 1914 e 1915 são erguidos os novos escritórios, voltados para a rua Benjamin Constant com entrada pelo número 51, e um prédio de cinco pavimentos junto à rua José do Patrocínio.



Em 1922, conforme documentos, a Cervejaria ostenta grande desenvolvimento. Fabrica as cervejas Peru, Moreninha, São Luís, Preta e Commercial (tipo Dortmunder). Ultrapassando a impressionante marca das 16 mil garrafas diárias e é através do bonde, o principal meio de transporte que liga o Centro de Pelotas à região portuária, que os estabelecimentos comerciais da cidade são abastecidos com as cervejas e gasosas produzidas na indústria.

Em 1931 todo o conjunto ganha reforma e um novo depósito, desta vez para o lado da Rua João Pessoa. Esta espécie de colagem - termo técnico empregado na arquitetura - resulta na criação de um conjunto arquitetônico com volumetria bastante diversificada e agradável, marcado por estilos heterogêneos.



diretores da cervejaria

Após o fim das atividades da Cervejaria Sul-Riograndense, o local passa a ser utilizado primeiro como depósito de arroz. Em 1944 o prédio que hoje se encaminha para a destruição é vendido à Companhia Cervejaria Brahma - atual proprietária. Agora administrada pela Ambev (Companhia de Cervejas das Américas), holding que controla também a Antarctica, a Brahma mantém no local até 1998 sua filial e distribuidora. Um ano depois, um pedido para realizar obra de demolição já tramita no Ministério Público.

Um comentário:

verse disse...

Olá meu caro,
não sei se ainda manténs atualizado este blog, mas gostaria de fazer um pequeno comentário à respeito do prédio desta antiga cervejaria o qual já tive oportunidade de ver por dentro (não por métodos convencionais)e é, realmente, muito grande e possui fachada muito interessante...
No ano de 2010, em um acordo entre Prefeitura de Pelotas e Universidade Federal de Pelotas, este prédio passou a fazer parte do patrimônio desta última e obras em andamento precedem uma grande reforma que restaurará toda a estrutura original que, após concluída dita reforma, será utilizada pela UFPel para atividades acadêmicas e, principalmente, culturais.
Abraço,
Rogério Osterberg

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