terça-feira, 28 de setembro de 2010

Fábrica de Cerveja Guarani / Fábrica de Cerveja e Gelo Colúmbia / Cervejaria Colúmbia S/A



Ângelo Franceschini, veio da Itália para o Brasil em 1875, em 1880 junto com A. Belluomini, seu sócio, fundou sua primeira fábrica de cerveja, a Fábrica de Cerveja Guarani, na Rua Cônego Scipião 19 (antiga Rua 24 de maio), em Campinas – SP, prédio que até 1988 ainda resistia ao tempo.

Em 22 de agosto de 1885, o jornal Gazeta de Campinas - SP, publicou que foi realizada nos salões da Faculdade de Direito, em São Paulo - SP, a Exposição Provincial e que obtiveram prêmios nessa exposição diversos expositores de Campinas. Entre os produtos premiados constava a cerveja branca de A. Franceschini & A. Belluomini, na “Seção Indústria Manufatureira – Cervejas".

Em 7 de março de 1906, o Correio Paulistano publica o requerimento de A. Franceschini & Cia., pedindo licença para fábrica de cerveja. Ainda em 1906, Ângelo Franceschini, aluga parte da Quadra 24, pertencente à Fábrica MacHardy para a construção da Fábrica de Cerveja e Gelo Columbia.
Em 1907, começou a funcionar no prédio de tijolo à vista da Avenida Andrade Neves 103. Esse prédio construído em 1873 para abrigar a Cia. MacHardy, primeira fundição de Campinas. Foi comprado pela Columbia quando a Cia. MacHardy enfrentou problemas financeiros no final do século XIX.
O capital empregado foi de 1,727:091$736 (1 milhão, 727 mil, 91 contos e 736 réis), todos os produtos eram elaborados com matéria-prima alemã. Seus produtos receberam medalhas de ouro e diploma de honra nas exposições de Torino em 1911 e em Roma em 1913.

Fabricava entre outras, as cervejas: Franciscana, Duqueza, Colúmbia, Negrita e ainda o Guaraná Cristal.

A produção anual de cerveja, refrescos, gasosas, água mineral e xaropes eram de 15 mil hectolitros. Seu movimento era de cerca de 1500 contos por ano. A fábrica utilizava 70 empregados e tinha importação anual de 100:000$000 (cem mil contos de réis).







Em 15 de fevereiro de 1918, o Correio Paulistano publica a compra da Cervejaria Polar, por Angelo Franceschini por cerca de Rs 150:000$ (cento e cinquenta contos de réis.


No edifício de tijolo a vista, a partir de 1933 foi fabricada uma cerveja preta criada em homenagem ao cavalo de nome Mossoró que ganhou o 1º Grande Prêmio do Brasil, no rótulo da garrafa de cerveja estava estampada a cara do cavalo campeão.

Em 20 de maio de 1944 é constituida a Cervjaria Colúmbia S.A. com o capital de 5 milhões de Cruzeiros.








Curiosidade: A cor do cavalo Mossoró, vencedor do GP Brasil, era tordilho isto é: acinzentado, a cor básica escura entremeada uniformemente por pelos brancos. Talvez por problemas de impressão gráfica, os rótulos aparecem, ao longo do tempo, com a cor do Mossoró variando do branco até o preto.


Em 1957 a fábrica foi incorporada pela Antártica, transformando o prédio em depósito de sua fábrica que já existia ao lado. Gradativamente os produtos da Columbia deixaram de ser produzidos, a Antarctica ainda produziu por um certo tempo a cerveja preta Mossoró.


No dia 1º de outubro de 2004 foi dado um passo importante envolvendo a Prefeitura, a Sanasa e a AmBev, o terreno que tem 2.736,30 m2, dos quais 1.691,20 m2 de área construída e que se encontra vazio e abandonado desde 1989, foi desapropriado por decreto pela Prefeitura. A Sanasa vai pagar a desapropriação amigável de R$ 750 mil parcelados em cinco vezes e restaurar o prédio, mantendo a fachada original, para ali instalar oficinas de carpintaria e eletromecânica, além de um “Centro de Memória da Água” em que serão expostos equipamentos que contam a história do abastecimento de água em Campinas.

6 comentários:

Anônimo disse...

que saudades de uma campinas que não existe mais
da cia columbia e da cerveja mossoró

daniel disse...

Meu bisavô trabalhou nesta fábrica de cervejas!!

marcia f teles disse...

Parabens pela material. Orgulho Nacional!

Unknown disse...

Esse foi meu bisavô.

Unknown disse...

Tenho uma caneca dessa cervejaria

Valter cremona disse...

Pena que as fotos não carregam

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