sábado, 20 de agosto de 2011

Emilio Kirst / Albano Kirst & Cia. / Kirst & Cia. Ltda. / Bebidas Fruki Ltda. / Bebidas Fruki S.A.



Baseado nos textos:
Homenagem aos 80 anos da Fruki
PROJETO DE LEI CM Nº 087 - 02/2010 - justificativa
E no site da empresa:www.fruki.com.br
Imagens dos rótulos cedidas pelo colecionador Paulo Antunes Júnior

Em 1846, o agricultor Adam Kirst partia com mulher Elisabeth e filhos da pequena aldeia de Hochscheid, onde morava, na região de Hunsrück, sudoeste da Alemanha, para uma viagem de 70 dias com destino às terras brasileiras. Um de seus filhos que aqui chegou com a idade de seis anos, Peter Kirst, casou-se com Phillipina Bloss, também foi agricultor e trouxe, com muito trabalho, uma riqueza que poderia deixar um futuro seguro para ele e sua família. Seu filho Emilio Kirst, neto de Adam, nascido em 4 de outubro de 1880 em Montenegro, duas gerações depois levaria à criação de uma das mais importantes empresas de bebidas do sul do país.


Em 29 de abril de 1924, Emílio Kirst e seus filhos Albano, Bruno e Walter instalaram a Cervejaria Bella Vista, uma pequena fábrica de refrigerantes e cervejas no Bairro Bella Vista, em Arroio do Meio, município de Lajeado, no Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul.


No início da fabricação das bebidas todo o processo era realizado manualmente e era produzido cerca de 200 garrafas por dia.

Em 1927, a família Kirst ampliou a indústria, adquirindo a cervejaria de Alfredo Bender, de Arroio do Meio. A partir daquele momento, passou a produzir a cerveja “Bella Vista”.

No final da década de 20, Kirst viu a necessidade de reestruturar a empresa e viu no filho Bruno este alicerce, este se empregou na fábrica de bebidas de Luiz Gerhardt, na localidade de Corvo, município de Estrela, para conhecer e aprender sobre a fabricação de refrigerantes e outras bebidas. Algum tempo depois, de volta a Kirst, em 1930, começou a fabricar licores e aperitivos, xaropes, vinagres, cachaça de alambique, Fernet, batidas e outros, depois da compra da empresa de Edmundo Rodner, de Arroio do Meio, que fabricava esses produtos, aumentando ainda mais a gama de itens.


Theobaldo Eggers nasceu no dia 12 de dezembro de 1911 na localidade de Arroio Grande, atual município de Paverama, o último dos dez filhos de Frederico e Christina Eggers.

Em 1932, Theobaldo Eggers ingressou como funcionário na fábrica de cerveja e refrigerante de Albano Kirst & Cia, em Canabarro.

Em 12 de agosto de 1933 casou com Elma Kirst, irmã do proprietário da empresa e filha de Emílio e Olinda Kirst. Ainda em 1933, deixou a fábrica de cerveja e estabeleceu-se em Picada Boa Vista, município de Estrela, onde abriu uma casa comercial de secos e molhados.

Em 1935, era firmado o contrato com a razão social de Kirst & Cia. Ltda. A fábrica, produzia cervejas, refrigerantes, vinagres e aperitivos com a marca Bella Vista.

Em 1937, Theobaldo, a convite de seu pai, vendeu a casa comercial e assumiu a propriedade agrícola da família, em Paverama. Dedicou-se ao plantio da mandioca e instalou uma atafona para fabricação de farinha de mandioca e polvilho.

Com o falecimento de seu sogro, Emílio Kirst em 1941, proprietário da fábrica de bebidas Kirst & Cia Ltda, Theobaldo foi convidado pelo seus cunhados, Bruno e Walter Kirst, para ingressar como sócio da empresa em 1945. E o novo sócio e caixeiro-viajante passou a vender os produtos, percorrendo o interior da região, de freguês em freguês, no lombo de um burro.

Em 1949 o empresário Arno Vontobel procurou a empresa em busca de sócios para a produção do refrigerante Laranjinha, para isso foi fundada uma empresa em Porto Alegre, a Refrigerantes do Sul, dirigida por Walter Kirst e Omar Vontobel, irmão de Arno, porém após 10 anos, em 1959, teve de fechar as portas e a Laranjinha voltou a ser produzida pela Kirst & Cia. Ltda. até 1970.

Em 14 de agosto de 1959, Walter se desligou da empresa e Nelson Eggers, filho de Teobaldo, completou o quadro societário.

Com a necessidade de modernização em 1962 iniciou a busca por um novo endereço que proporcionasse uma localização estratégica para melhor distribuição do produto. A promessa de abertura da rodovia BR 386, conhecida então como “Estrada da Produção” e que seria uma das vias mais importantes de escoamento da produção gaúcha, levou a empresa a adquirir uma área de terras junto à mesma, para a construção de uma nova e moderna fábrica, em Lajeado. Iniciando a construção da fábrica em 1969.

Com a a transferência da fábrica e a sua inauguração em 2 de outubro de 1971, a Kirst & Cia. Ltda. lançou a linha de refrigerantes Fruki. O novo produto incorporado à linha da antes pequena indústria, quase artesanal e pouco conhecida, foi a alavanca que impulsionou a empresa para a conquista do mercado gaúcho.
A partir daí deu-se inicio a história do sucesso da Fruki. Em 1974 adquiriu modernos equipamentos industriais.

Na década de 90, os permanentes investimentos no aperfeiçoamento de suas instalações industriais e na modernização de suas linhas de produção, levaram a Fruki a ser reconhecida como um exemplo para todo o setor de refrigerantes.

Em 1992 lançou os refrigerantes Fruki em embalagens PET de 2 litros.

Em 1996 a Razão Social foi alterada, passando a adotar o nome de Bebidas Fruki Ltda.

Theobaldo Eggers foi Diretor da empresa e trabalhou na área administrativa até novembro de 1998, aos 87 anos quando foi hospitalizado em virtude sérios problemas respiratórios relacionados à sua idade avançada. Veio a falecer no dia 04 de janeiro de 1999 deixando a esposa Elma Eggers, os filhos Ilse Eggers Wagner, Nelson Eggers e Vanda Eggers Fetter, netos e bisnetos, sócios e amigos, além de 200 funcionários admiradores de seu trabalho.

Em 2004 a Bebidas Fruki Ltda é transformada em Bebidas Fruki S.A.

Atualmente a empresa é a maior indústria regional de refrigerantes do Rio Grande do Sul, com capacidade anual de 300 milhões de litros de bebidas atingindo 12% do mercado de refrigerantes, 15% do mercado de água mineral e 35% do mercado de repositor energético no Estado.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Cervejaria Cincinato Naspolini




Cincinato Naspolini nasceu em 12 de março de 1893, em Cocal (atual município de Cocal do Sul) localidade pertencente à Urussanga - SC. Casado com Florença Bez Batti Naspolini, nascida em 14/09/1899, em Urussanga e falecida em 1º de janeiro de 1984 em Criciuma, com 85 anos, era filha de Lucca Bez Batti (primeiro prefeito de Urussanga) e Rosa Minotto Bez Batti. O casal teve sete filhos: Haidée, Haiti, Gília, Hilda (falecida em 6/08/2011 com 89 anos), Holmes, Zulma e Fúlvio.

Cincinato foi um grande empreendedor, criou a Cervejaria Cincinato Naspolini, a primeira fábrica de cerveja e gasosa (tampadas com bolinha de gude) de Urussanga, que produzia a Cerveja Deliciosa que acabou por vender, para Ângelo Perucchi fabricante, no distrito de Cocal, da “Cerveja Cocalina” e da “Gazoza Ideal”.

A cervejaria, pelo que se tem de notícia, ficava ali na Vila Operária Velha (hoje o Bairro Santa Bárbara), onde, atualmente, está o prédio e Loja de Máquinas de Costura de Clóvis Perucchi.

Em 1928 (com 35 anos) veio morar em Cresciúma (nome alterado para Criciúma em 1943), que foi território e distrito pertencente do município de Araranguá, do qual se desmembrou em 1925. Sua instalação se deu dia 1º de janeiro de 1926, com a posse de Marcos Rovaris como Superintendente, cargo correspondente a Prefeito. Rovaris governou até 18 de outubro de 1930, quando foi destituído pela Revolução Getulista. O General Ernesto Lacombe, chefe da revolução em Santa Catarina designou Cincinatto Naspolini governador civil e militar de Cresciúma (corresponde a Prefeito) que administrou até julho de 1933.

Executou várias obras dentre as quais: Construção da Praça Nereu Ramos, criação e construção do Hospital São José, construção do Grupo Escolar Professor Lapagesse, abertura da Avenida Getúlio Vargas e Rua João Pessoa, abriu diversas estradas no interior do município. Na localidade de São Bento Baixo, construiu uma ponte coberta, arborizou a cidade com cinamomos e outras árvores (isso numa época em que a cidade era toda rodeada de árvores e mata virgem).

Foi dele a primeira empresa de ônibus (década de 40) que fazia as linhas: Centro ao Bairro São Marcos e Criciúma a Siderópolis.

Recebeu o título de Cidadão Honorário de Criciúma em 5 de setembro de 1983 e faleceu em 10 de junho de 1985 aos 92 anos.