quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Cervejaria da Ponte


Texto baseado no artigo "Palmeira, meios de transporte em (1850-1975)"

O Município de Palmeira, localizado na região dos "Campos Gerais", era passagem obrigatória dos tropeiros que abasteciam de gado os mineradores das Minas Gerais, vindos de Viamão (RS) com destino à feira de Sorocaba (SP). Uma das paradas obrigatórias dos tropeiros que passavam por Palmeira era a famosa Fazenda Conceição, que fazia parte da grande Fazenda Palmeira, esta doada como sesmaria ao bisavô de D. Anna Maria Conceição de Sá, esposa do Tenente Manoel José de Araújo, doador do terreno para a construção da igreja para devoção da N. Sra. Imaculada Conceição, ato que deu origem ao surgimento da cidade de Palmeira.

Na metade do século passado, os transportes e as viagens eram feitos através de cavalos; quem não possuía cavalo, viajava a pé. Havia no fim do século XIX as diligências, que se dirigiam de Curitiba até Castro.
De Curitiba a Palmeira, eram dois dias de viagem, enquanto que os outros trechos eram feitos num dia; isto no transporte de passageiros. A distância de Palmeira a Curitiba, na época, era de 96 km. O ponto de saída era a Praça Marechal Floriano Peixoto, onde, em frente à Prefeitura, tinha o marco 96, e, em frente à Catedral de Curitiba, tinha o marco zero. Hoje, essa distância diminuiu para 80 km. Os locais de pousada eram sempre um vilarejo. Havia um perto de São Luís do Purunã, outro próximo a Campo Largo. Ali os viajantes se abrigavam, protegidos do tempo. As pousadas eram particulares. As diligências que puxavam passageiros eram de uma empresa que tinha exclusividade para este serviço.


Germano Ristow, nascido em 14 de julho de 1880, em Brusque, Santa Catarina, filho dos emigrantes Carl Ludwig Ristow e Charlotte Ristow que aqui chegaram em 1873, casado em 16 de Junho de 1910, com Anna Maria Johana Ristow (em solteira, Klappoth). Era o encarregado do transporte de passageiros em Palmeira.
Ele possuía carruagens e um hotel onde o pessoal parava para descansar. O Hotel Germano (onde hoje é o Posto Bordignon) era a estação das diligências. Elas pernoitavam ali, depois iam a Ponta Grossa e de Ponta Grossa a Castro.

Além do serviço de transporte de passageiros, em 1911, nesta cidade de Palmeira - PR, o Sr. Germano montou uma cervejaria, chamada Cervejaria da Ponte, tendo sido instalada na Rua XV de Novembro próximo à ponte do rio Monjolo, de onde vem o seu nome. Fabricava cerveja preta e branca de vários tipos e marcas, principalmente a marca peixe.

O Almanak Laemmert faz referência a essa cervejaria, como pertencente ao Sr. Germano Ristow a partir de 1908 até 1930 quando passa a trazer como responsável seu filho Francisco até o ano de 1937 quando deixa de aparecer.


O SR. Germano Ristow faleceu em 3 de julho de 1942 e sua esposa, Dª Ana, faleceu em 4 de fevereiro de 1959.